Mortalidade materna durante pandemia preocupa





Sem dados oficiais, Associação acredita que mortes estão sendo subnotificadas


A Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp) está levantando debate sobre as mortes maternas durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo a presidente da entidade, Rossana Pulcineli, os casos estão sendo subnotificados, pois não há dados oficiais sobre a morte de mulheres grávidas vítimas do Sars-cov-2. Poucos são os estados que oferecem estes dados.
“Nosso país precisa se estruturar para o atendimento das gestantes com Covid. É uma situação grave e extremamente triste, pois um óbito materno acaba mexendo com toda a estrutura familiar”, destaca Rossana Pulcineli.
Antes da pandemia, os índices de mortalidade materna no Brasil já se encontravam elevados: 64,5 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Além disso, o índice estava fora da meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que é reduzir a taxa global de mortalidade materna de 30 para cada 100 mil nascidos vivos até 2030.
A mortalidade materna é considerada quando ocorre durante ou até 42 dias após o parto e com causa relacionada à gravidez. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias, cerca de 830 mulheres morrem por causas evitáveis relacionadas à gestação e ao parto no mundo. Sendo que 99% das mortes maternas ocorrem em países desenvolvidos. Em 2015, a taxa era de 239 óbitos por 100 mil nascidos vivos, em países desenvolvidos.
Por: Sandy Swamy - Especial para o Jornal ODIA

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